Reggae Brasil
BRASIL/JAMAICA
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Na comemoração dos 50 anos de "música e fumaça" da Jamaica, o Brasil também precisa comemorar.A ilha comemora nesse 6 de Agosto de 2012 o Aniversário de 50 Anos de Independência,era que ela uma antiga colônia Inglesa,e antigamente pertenceu aos espanhóis,que a ´descobriram´ com o navegador Cristóvão Colombo. A Jamaica foi descoberta pela Espanha depois de Cristóvão Colombo ter chegado em 1494. Colombo usou a ilha como propriedade privada da sua família. Os ingleses conquistaram-na em 1670. Durante os primeiros 200 anos de domínio britânico, a Jamaica tornou-se o maior exportador mundial de açúcar, o que se conseguiu pelo uso maciço de trabalho escravo africano. O excesso de zelo britânico no uso de escravos voltou-se contra eles, e no início do século XIX o número de negros era quase 10 vezes maior do que o de brancos. Seguiu-se uma série de revoltas e, em 1838, a escravatura foi formalmente abolida. Ao longo dos anos que se seguiram, o grau de autonomia da Jamaica foi aumentando e, em 1958, a Jamaica passou a ser uma província de uma nação independente chamada Federação das Índias Ocidentais. A Jamaica saiu da federação em 1962 e é hoje uma nação totalmente soberana. A deterioração das condições económicas durante a década de 1970 levou a um estado de violência endémica e à queda do turismo. Uma das antigas capitais da Jamaica foi Port Royal, onde se acoitava o pirata e posteriormente governador Henry Morgan. Foi destruída por uma tempestade e um tremor de terra, e Spanish Town, na paróquia de St. Catherine, que foi o local da antiga capital colonial espanhola e da capital inglesa durante os séculos XVIII e XIX.As conexões com a ilha que deu ao mundo o reggae, o ska e o dub começaram nos anos 1970.Dez músicas que o Brasil deve à Jamaica:
De Caetano Veloso ao Digitaldubs, veja abaixo lista de dez exemplos de músicas que nós devemos à cultura jamaicana. “Nine out of ten” de Caetano Veloso. Do clássico “Transa”, não exatamente um reggae, mas a primeira menção a ele na MPB . "Negra Melodia” de Jards Macalé. Apresentado ao reggae em Londres, como Caetano, Macalé revencia Luiz Melodia e Bob Marley “Vamos Fugir” - Gilberto Gil. Reggae para as massas, nessa gravação feita na Jamaica com os Wailers “Hino de Duran” - Chico Buarque. Da “Ópera do malandro”, um inusitado mergulho de Chico no ritmo jamaicano “Selvagem” - Paralamas do Sucesso. Dub pesado e com guitarras no disco mais reggae dos Paralamas. “Eu sou negão” - Gerônimo. Um marco do reggae da Bahia, imortalizado pelo refrão: “Meu coração é a liberdade” . “Falar a verdade” - Cidade Negra. O reggae da Baixada Fluminense saindo do underground “Rastafará” - Ponto de Equilíbrio: O louvor rasta em mistura com o samba-enredo “Kizomba, a festa da raça” . “O Guarani” - Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. O clássico de Carlos Gomes em roupagem ska “O Lucro” - Digitaldubs (com Mr Catra). A levada eletrônica do ragga se encontra com o funk..
É realmente incrível pensar que uma ilha, pequena daquele jeito, tenha tido essa importância para a contemporanidade musical do planeta — diz Gilberto Gil, possivelmente o artista brasileiro mais associado ao reggae e aos ritmos da Jamaica, onde gravou, em 2002, o disco “Kaya n’Gand Daya”. — Mas a cultura musical do país é muito rica. E foi ela que nos deu Bob Marley, um talento extraordinário, um gênio que eu comparo a Tom Jobim e João Gilberto.
No Brasil, as conexões com a Jamaica, relacionadas pela primeira vez no começo dos anos 1970, por artistas como Caetano Veloso e Jards Macalé ,continuam à vista. Além de notórios relacionamentos — do samba-reggae, na Bahia, ao som das radiolas, no Maranhão , novidades não param de dar na praia. No Recife, o grupo Ska Maria Pastora, que debutou recentemente com o disco “As margens do Rio Doce”, liga o balanço jamaicano com o frevo, enquanto produtores como Bid vão ainda mais longe, aproximando baião e maracatu do ska e do dancehall, como no disco “Bamba dois”, gravado na ilha, com estrelas locais como Luciano e Sizzla
O reggae tem uma divisão rítmica parecida com a do forró, por exemplo. A diferença é que a gente usa triângulo, zabumba e sanfona, e os jamaicanos usam baixo e bateria para a marcação, diz Gil. Mas são parentes muito próximos.Autor de “Não chores mais”, um clássico da fusão Jamaica-Brasil (versão de “No woman, no cry”, de Bob Marley), Gil completa:
Reggae, ska, afoxé, xote, é tudo uma pulsação só..
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http://oglobo.globo.com/cultura/o-jubileu-da-jamaica-5679645
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